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Vol. 99. Issue S1.
Imunização em Pediatria
Pages 22-27 (March - April 2023)
Vol. 99. Issue S1.
Imunização em Pediatria
Pages 22-27 (March - April 2023)
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Implicações do efeito inespecífico induzido pela BCG ( Bacillus Calmette-Guérin) nas recomendações de vacinas
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Ekaterini Goudourisa,b, Carolina Sanchez Arandac, Dirceu Soléc
a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Faculdade de Medicina, Departamento de Pediatria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
b Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Serviço de Alergia e Imunologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
c Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Faculdade de Medicina, Departamento de Pediatria, Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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Vol. 99. Issue S1

Imunização em Pediatria

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Resumen
Objetivos

Desde o início de sua utilização na prevenção da tuberculose (TB), em 1921, outros usos da BCG (Bacillus Calmette-Guérin) têm sido propostos, particularmente no tratamento de tumores malignos sólidos, de esclerose múltipla e outras doenças autoimunes. Seu impacto benéfico em outras infecções, por micobactérias não tuberculosas e por vírus, tem sido mais estudado nos últimos anos, principalmente após a introdução do conceito de imunidade treinada. Nosso objetivo foi rever as possíveis indicações da BCG e o racional imunológico para essas indicações.

Fonte dos dados

Revisão não sistemática nas bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico, com os seguintes termos de busca: "BCG" e "histórico", "eficácia", "uso", "câncer", "imunidade treinada", "outras infecções", "doenças autoimunes".

Síntese dos dados

Há evidências epidemiológicas de que a BCG pode reduzir morbidade/mortalidade infantil geral além do que seria esperado pelo controle da TB. A BCG é capaz de promover imunidade cruzada com micobactérias não tuberculosas e outras bactérias. A BCG promove mudanças in vitro que aumentam a capacidade de resposta da imunidade inata a outras infecções, principalmente virais, por meio de mecanismos conhecidos como imunidade treinada. Efeitos no câncer, exceto no de bexiga, e em doenças autoimunes e alérgicas são discutíveis.

Conclusões

Apesar de evidências obtidas por estudos in vitro, de algumas evidências epidemiológicas e clínicas, ainda são necessárias evidências mais robustas de eficácia in vivo que justifiquem o emprego da BCG na prática clínica, além do previsto pelo Programa Nacional de Imunizações para a prevenção da TB e do tratamento do câncer de bexiga.

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Jornal de Pediatria (English Edition)
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